AS MINHAS MÃOS

Hebo Imoxi



Sou um escritor meio tímido, meio sereno

Cultivo a ideia antiga nos tempos modernos

A minha poesia propõe o resgate da angolanidade

A minha alegria impõe-se ao tempo da liberdade

Estas mãos são minhas, e não envelhecem jamais

Porque escrevem sobre a paz diferente dos demais

Escrevem com a mesma seriedade com que brincam

Como Theophile Obenga, Aimé Césaire, Wole Soyinka

Se escrever como escrevo é um crime, enfim

Que castigo ou punição recairá sobre mim?

Sou como sou, enquanto a poesia ditar o tempo

Sou como sou, enquanto a poesia dar o exemplo

Quando escrevo, não me calo e não pretendo me calar

Enquanto quem me ouve, não dar sinais que vai mudar

Estas mãos são minhas, transbordando enquanto fonte

A minha acção é a das palavras, a poesia que vos conte.

  • Autor: Hebo Imoxi (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de agosto de 2025 04:04
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema é super especial, transmite os anseios das várias lutas travadas por mim com as próprias mãos.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 2


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