Há um lume brando que acende
quando duas almas se reconhecem
no silêncio partilhado entre palavras
Não é preciso pressa
nem promessa
basta o instante onde o olhar pousa
e o tempo, gentil, se dobra
Conversas fluem como rios antigos
desviando pedras
acariciando margens
Há café ainda quente
e risos que lembram
a infância do mundo
No espaço entre um gesto e outro
brota o milagre
um afeto sem nome exato
mas inteiro
E quando a noite chega
ninguém vai embora de mãos vazias
leva-se um fragmento de luz
uma ternura guardada
como se amizade
fosse uma forma discreta
de amar.
MAYK52
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Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 2 de agosto de 2025 08:04
- Categoria: Amizade
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos, Fabricio Zigante
Comentários1
Boa tarde, poeta!
"E quando a noite chega
ninguém vai embora de mãos vazias
leva-se um fragmento de luz
uma ternura guardada
como se amizade
fosse uma forma discreta
de amar."
Todo o poema é maravilhoso, mas fechou com maestria com estas versos, principalmente : " como se amizade fosse uma forma discreta de amar "
Amei, meus parabéns!
Meu abraço!
Boa noite, Edla!
Muito obrigado, pela leitura e gentil comentário.
Abraço e bom fim de semana!
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