para quem eu tanto amo,
guardei os meus silêncios mais profundos,
as palavras que não tive coragem de dizer
e os sorrisos que sonhei partilhar contigo
nas manhãs que agora amanhecem frias.
te dei meu tudo sem saber dos limites,
até o que eu nem tinha — te dei também.
fiquei ali, mesmo quando tu já partias,
esperando um gesto, uma volta,
qualquer coisa que ainda me dissesse “fica”.
hoje, é tua ausência que me acorda cedo
e tua lembrança que me faz dormir tarde.
meu peito carrega teus restos como relíquias,
e amar, agora, é só uma saudade doída,
um grito abafado no meio do peito.
não me arrependo de ter te amado tanto,
mas dói, dói demais ter sido só eu.
teu nome ainda sangra nas entrelinhas
das músicas que já não ouço mais,
das ruas por onde não passo mais.
se algum dia, tu lembrar de mim,
não pense em exagero ou fraqueza,
mas em alguém que te amou até se perder.
e se te perguntarem de nós, diz a verdade:
foi amor — só que de um lado só.
1 ago 2025 (13:32)
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Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 1 de agosto de 2025 12:32
- Comentário do autor sobre o poema: Só mais uma de solidão....
- Categoria: Triste
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Esse Amor não correspondido é muito dolorido. Amor tem que ser por inteiro não metade. Apesar de ser triste é bonito seu poema. Parabéns poeta, boa tarde.
Verdade....Dar-se...Doar-se...
Bem isso o que dissestes...
Gratidão pela leitura e comentário.
Boa tarde.
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