Tem uma mãe na sala de espera da clínica,
estou de óculos escuros, escondendo meus pensamentos sórdidos sobre sua filha
Eu queria um minuto as sós, para nós dois
Só preciso de um minuto, para me desfalecer completamente
Ela se levanta, e de prontidão, já percebo que não pertenço às suas fantasias
Uma aventura na idade média seria mais apropriado
Armaduras, lanças e escudos
Um forte repleto de canhões apontados diretamente para minha testa
Quando ela se fez ausente, o ar se configurou em uma emboscada
Por um lado, eu estava aliviado, por outro, havia perdido meu tíquete para Pasárgada
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Autor:
João Victor Correia (
Offline)
- Publicado: 31 de julho de 2025 14:41
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 41
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Genial e tragicômico na medida certa! Entre óculos escuros e fantasias não correspondidas, o poema dança entre desejo e desilusão com charme quase cinematográfico. E o final? Uma despedida melancólica e bem-humorada — como quem perde o ônibus para Pasárgada e ainda sorri no ponto.
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