Passos frágeis pelos corredores sombrios.
De um hospital em uma avenida barulhenta.
Sofrimentos, solidão e ausências nos quartos
A vida toma outro significado.
Olhei em teus olhos, peguei tua mão.
Tentei silenciar teu sofrimento.
Não sabia , era o último olhar.
Que ainda trazia entendimento.
Tantas coisas por dizer, tanto para expressar...
Tudo se esvaiu nesse último olhar.
Saí do quarto, acenando um adeus.
Um longo olhar demorado.
Era o início de uma despedida.
Três meses ainda te teriam presente,
Mas, naquele instante, algo já se despedia.
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Autor:
Viviane.93 (
Offline) - Publicado: 31 de julho de 2025 13:19
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 32
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Offline)
Comentários1
Seu poema é profundamente comovente. Ele retrata com delicadeza e dor um momento que muitos já viveram, mas poucos conseguem traduzir com tanta honestidade: a despedida silenciosa, antecipada, sentida antes mesmo da partida física. A imagem dos "passos frágeis pelos corredores sombrios" já nos coloca no cenário carregado de fragilidade e peso emocional. O "último olhar que ainda trazia entendimento" é um verso que fica no coração — é um retrato da conexão humana no limite entre o que se diz e o que já não pode mais ser dito. A última estrofe é especialmente forte, porque reconhece que a despedida, às vezes, começa bem antes do fim. Um poema que toca fundo e merece ser lido com respeito e empatia.
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