santidarko

As Carruagens Noturnas e o Camafeu Felino



Zaion,é como todos os gatos.De dia ou á noite,adora um cemitério.
O que fica perto de sua casa,cujo o nome è:Vidas Guardadas,é seu preferido..
Mas não se engane...,os outros dois,distantes do seu território felino,também estão em seu itinerário.
O Rufião Amado e o Vaporetto...,ficam,mais ou menos,meia hora a patadas.

Zaion,nesse longo tempo de visitas e vivências cotidianas...,já vira de tudo um pouco.
Peregrinações noturnas,visitantes temáticos,encontros amorosos e amizades verdadeiras,...que transcendem a morte.

-ESSE ÚLTIMO,EU NÃO ENTENDI...

-Transcendem a morte?



Amigos verdadeiros,que vêm ao túmulo á noite,beber ao lado de seu"companheiro e irmão",que partira.
Afinal...,isso,não é um empecilho...;do qual não se possa continuar a beber juntos e rir das bobagens.
NÃO SENHOR.

ACHO...,que esqueci de mencionar;

...Zaion,é como a noite.

Negro,com os" olhos duros e obscenos"


Nunca gostou da companhia de outros gatos.Sempre...,sozinho.
Quem mais o vê em seus andares noturnos,...é Eudora.Uma coruja que alterna suas andanças,ops..desculpe...,seus voares,entre os cemitérios também.
Mas cada um,fica na sua.
Ás vezes...,Eudora,fica em uma árvore perto da onde Zaion costuma ficar sentado ou deitado.Esse"encontro mais próximo",é lá no Rufião Amado.

Não muito tempo atrás,existia um outro gato que"perseguia"Zaion.
Sotum.
Sotum,nascera no cemitério,no Rufião Amado.O coveiro e o zelador da época,o alimentava e, dava a ele,a atenção da qual era possível.
Seus irmãos e irmãs,foram adotados por outros moradores.Sotum,fugia das casas da qual era levado e voltava ao cemitério.
Mesmo, que o prendesse dentro de casa,ela dava um jeito de fugir.
Sua mãe,desaparecera.


Sotum,tentara derrubar Zaion do muro,..do Vidas Guardadas;em um pulo.Subiu em um túmulo,calculou cuidadosamente sua trajetória em direção de seu alvo e,Zaion,abaixou-se.
Sotum errara o pulo em direção a ele.
Por azar e,sorte de Zaion,Sotum caíra em frente a um carro.
Não que Zaion desejasse esse Mal fatal a ele,
MAS...

Por inúmeras e inúmeras vezes,Zaion, tentou aplainar a situação entre eles.Sotum,nunca quisera realmente.
Jessel,o dono de Zaion,tentou prendê-lo em casa.Várias e várias vezes.

Por exemplo:no dia que Zaion,chegou em casa, muito machucado.Sotum,o havia pego de surpresa.Covardemente.
Mas...,como dizem:-o que é um gato, sem sua liberdade?.


Creio,que não passe de um bichano tristonho.
TALVEZ...,eu possa estar errado.NÃO SEI.


Zaion,em uma outra passagem de sua vida,também enfrentara outro infortúnio cruel.Como daquela vez,que tentaram usá-lo como oferenda, em um ritual.
Ele acordara,no momento crucial.Àquele...,que o metal frio e cortante,iria tocar seu lindo pelo negro.
Tinham aplicado nele,um tipo de droga.Não sei exatamente qual,pois..,não sou veterinário e eu...,não estivera lá,..,entre esses malucos.
Segundo Jessel disse uma vez a seu amigo coveiro,"o Seu Joaninha":-Zaion,era querido até pelas Almas que lá,ainda estavam.
Quem vai saber...;se é algo real,ou algo para se tentar explicar a sorte que Zaion carregava consigo.


A mim,tudo nessa vida,é possível.

A cidade de Santa Mata,pode ser pequena.

Aliás,bem pequena...,mas a vida para um gato,pode ser perigosa.
E MUITO.
Principalmente ,á noite.

  • Autor: santidarko (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Agosto de 2020 02:14
  • Categoria: Conto
  • Visualizações: 20


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