SEPULCRO

Edla Marinho

Em tua boca gelida e pálida

Meu beijo se encontra posto

Eu te abraço, a contragosto

Num verso de rima inválida

Meu corpo( quente) de outrora

Em cujas veias o  carmesim

Fluía ardente, agora

A olhar o nada, esse fim!

No horizonte, cores desbotadas

Em retinas desfiguradas

Pela névoa do momento,

Sem lágrimas pra derramar,

Desprovidas de lamento!

Estendo-me resignada

Na horizontal frieza

Deixando em olhos, ainda viventes, a tristeza

Pois  ficam com a saudade, na despedida

Enquanto me entrego( a ti),

saindo dessa vida...

 

 

Edla Marinho
15/02/2016

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de julho de 2025 20:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13
  • Usuários favoritos deste poema: hanah
Comentários +

Comentários2

  • JT.

    Nossa, cruz credo.
    O que faria com você morta?
    Dizem e não fui eu, que quando cantamos o negativo, o entorno tenta nos absorver.
    Se verdade ou não, já não sei dizer.

    • Edla Marinho

      Rsrs, não se assuste, é só um versar sobre uma realidade que , querendo ou não, nos é vinda. Não tenho problema em falar sobre esse tema e creio que não atraio,rs. Ainda tenho muito o que viver e aprender.
      Grata pela leitura
      Meu abraço

      • JT.

        Sendo assim tudo bem.

      • Shmuel

        Coisa mais linda, Edla!
        Traz tranquilidade na finitude que se avizinha.

        Abraços!

        • Edla Marinho

          Pois não é, amigo Samuel?
          Você sabe de minha predileção por poemas de amor, mas gosto, também, de passear por outros como saudades, lamentos, melancolias e afins,rs
          Obrigada por sempre me prestigiar com a leitura e comentário em minha humilde escrivaninha poética!
          Meu abraço



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.