Acordo com sorrisos cheios de intimidade
de quem não me conhece.
Passo o café com gargalhadas que não são minhas.
Preparo a mesa e me sento a ela,
ainda com fantasmas de imagens que não vivi.
A alegria filtrada
me deixou vazia.
O tempo não me olha mais no olhos -
a tela azul roubou o seu olhar.
Os dedos não deslizam mais sob peles.
As algemas que me conectam ao celular
aprisionam um momento, que já não volta.
E entre culpa e arrependimento,
o silêncio grita
para ninguém ouvir.
Porque quando a tela fica preta,
não há ninguém na sala
esperando por mim.
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Autor:
biancalessa_ (
Offline)
- Publicado: 26 de julho de 2025 19:31
- Comentário do autor sobre o poema: Uma poesia contemporânea sobre as conexões do mundo atual.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2
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