Àqueles que nos inventaram
Ela vem pela calçada
Desgarrada senhorinha
Cabelinhos branquinhos
Passinhos apressados
Para onde vais , senhorinha?
Chego mais perto e vejo,
Como é linda! Uma menina...
Se esgueirando , entre as pessoas
Seus olhos lançam ternura,
Para todos os lados,
Sua pele enrrugadinha,
Em cada dobrinha, uma sabedoria
Mais perto e ouço a sua voz,
Uma canção que conta histórias
Tão lindas tuas memórias
Imagino quanta beleza escondida
E quando passa por mim
Passa em mim , uma vontade
De lhe abraçar e lhe cuidar
Vovozinha que vejo em ti
Minha maezinha , vem junto contigo
Minha sogra , minha tia
Vem junto a você uma luta secreta
Uma vitória, vem com você
Você que ignorou o tempo,
Que não parou de viver
Que esnobou as tristezas
Que amou como pôde
Senhorinha, quantas dores você sentiu?
Dores de mal no corpo
Dores de maus amores
Dores da ingratidão
Dores de nascimentos
Dores de crescimentos
Dores de mortes , dos seus
Que já se foram
Também vejo, senhorinha
Que teve alegrias
Que milhões de sorrisos
Existiram no seu rostinho
Me entregue um sorriso
Quando passar por mim
Me entregue um carinho
Para este desconhecido
Me entregue uma esperança
Um abraço calminho
Uma palavrinha qualquer
Para eu seguir meu caminho
Quero te imaginar à mesa
Cheia de perfumes e flores
Servindo café e broa
Aos teus infinitos amores
Antonio Olívio
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Autor:
Antonio Olivio (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 26 de julho de 2025 09:03
- Comentário do autor sobre o poema: Uma homenagem ao avós, no dia dia dos Avós
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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