Quando nascemos
ganhamos um quinhão do tempo
em um calendário que não nos é dado
conhecer seu término
Na partilha dos minutos
vamos vivendo o que temos que viver
seja o que concebemos
seja o que não estava esperado
seja o tanto que perdemos
Na incerteza cega da vida
a única precisão que temos
é que no final dela vamos desaparecer
Mas antes que a vida acabe
ou de nós seja retirada
cabe-nos desfrutar o aproveitável
ao invés de desperdiçá-la
no diluir abreviado dos instantes
com a inutilidade das coisas fúteis
que para a própria vida são coisas pequenas
Sem pressa para saber o que vem adiante
hei de viver o fugaz agora meu de cada hoje
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline)
- Publicado: 25 de julho de 2025 19:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários1
" Sem pressa para saber o que vem adiante
hei de viver o fugaz agora meu de cada hoje"
Fechou brilhantemente o poema!
Meus parabéns e obrigada por nos presentear com tua arte, poeta Joaquim Cesario.
Meu abraço!
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