O Matrimônio é forte como a morte

Otavio

 


É amanhã, o dia tão esperado!
O momento que a família aguardou o mês inteiro.
A verdade que todos nós esquecemos
A verdade que gostaríamos de esquecer:
Amor permanece além do tempo.
Ó lascívios da modernidade,
Olhai bem o vosso inferno!
50 anos não é 5 anos e nem 5 meses.
Bodas de Ouro!
Honra do Matrimônio,
Rendamo-nos a tal dom divino!
Isso existe, e é belo.
É ser.

Momento maravilhoso...
Ai da minha geração,
Ai de vossa geração.
Ai dos ajuntados e dos amasiados!
Todos tão errados...
Mas aprovados,
Aceitos pelo mundo moderno.
Vós devíeis pagar pela corrupção de vossos filhos!

Mas os basileus da antiguidade,
Heróis do verdadeiro amor,
Expõem sua honra e glória na permanência!
Na resistência sobre a Rocha,
Duas alianças de ouro,
Sinais de contradição para a modernidade...
Almas entrelaçadas pelo bom Deus,
Um vínculo tão forte quanto a morte!
Morra quem atenta contra isso.
Ódio perfeito a quem detesta o matrimônio,
Contra os filhos do demônio.

Cantam os libertinos um cântico revolucionário.
Mas eu não os culpo,
Talvez sejam vítimas dos tempos,
Dos maus estudos,
Do mal econômico?
É a síntese,
A evolução.
Androgenia.

A Família persiste e insiste,
Ela é natural como o Bom Deus.
Mas o sistema é cruel e absurdo,
É o sistema do lucro.
Um sistema que dá razão ao marxismo,
Não há maior injustiça e impiedade:
O sistema do deus-dinnheiro faz do pobre um socialista.
É uma resposta contra a injustiça.

Antes, pelo menos, a nobreza e sua virtude,
Mas agora, tão somente o lucro e sua vicissitude.
Mas por um momento quero louvar as bodas de ouro!
Não um ouro alquímico ou herótico.
Ouro heróico!
Verdadeiro Amor,
Na "praxis",
Mais durável que um muro de Berlim.
Impenetrável para a nossa concepção de amor.

Diante de tal majestade reconheçamo-nos inferior!
Diante de tal desigualdade,
Reconheçamos tal valor.
E com terna humildade
Redamos um canto de alegria e bondade a tal feito.

Só Deus saberá dizer os altos e baixos enfrentados,
E eu gostaria de ouvir as suas histórias.
Até mesmo daquelas tardes de domingo no sofá,
Sem televisão, por favor!
Essa prostituta.
Mas aquelas tardes de domingo em família,
Que fariam valer a pena a superação das brigas.
Fariam valer a pena a humildade,
O não rompimento de um laço eterno.

Gostaria de saber como foi o primeiro instante,
E como para cada um de vós é natural o estar,
E como o tempo passou rápido após o Sim,
Contem-nos o segredo da honra.

E com um breve sorriso diriam: Cristo.
Contem-nos como o Filho da Sempre Virgem e Mãe vos realizou tudo isso.
Proclamai sobre os tetos dessa sociedade o vosso dom,
A fidelidade.
E com ardor frateno,
Cedei, vós,
ó uma carne, um só corpo e coração,
Um pouco desse dom.

Curai um pouco de nosso câncer luterano,
limpai um pouco a nossa má doutrina pelo vosso exemplo.
Sem laicidade,
Mas em uma única verdade.

E quem não gostar e quiser maldizer,
Sabei que são todos invejosos,
Pois ele, o esposo, é como Ulisses,
Que luta para retornar a casa,
Ao casamento!
E ela, como Penélope,
que trama para continuar fiel a ele.

E no fim,
como foste no início,
amor forte como a morte,
só ela, a morte, vos separe,
O que Deus uniu,
que o homem não separe.

24 de julho de 2025

  • Autor: Otavio (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de julho de 2025 00:16
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


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