que guarda a beleza,

que guarda a nobreza,

com delicadeza

e com gentileza.

O universo tem um cofre —

que guarda segredos,

que esconde seus medos,

que enterra seus erros

e reprime os desejos.

O universo tem um cofre —

que aprisiona as verdades,

que retém as maldades

e oculta as vaidades.

O universo tem um cofre —

que camufla a dor,

que disfarça o horror

e mascara o amor.

O universo tem um cofre —

que prende a fórmula do ser e do não ter,

do saber viver,

do olhar para o espelho

e de se perceber.

De se redescobrir.

De se reinventar para não perecer.

De buscar no infinito o sentido de estar,

de buscar — e sonhar —

com um mundo melhor,

para quem merecer.

E, voltando ao cofre, é preciso lembrar:

somos universo —

do oposto reverso,

do verso reverso,

do ser metaverso,

também antiverso

e até controverso.