A Marca da Coruja
Nas trevas nasce o selo da visão,
uma coruja cravada no coração.
Em seu busto dorme o presságio,
de um pacto selado com silêncio e coragem.
As penas sussurram lendas ancestrais,
onde olhos brilham nas noites infernais.
O peito arde em chama oculta,
e a carne guarda a sabedoria sepulta.
Ela caminha em sombra e promessa,
portando segredos que o tempo confessa.
No sangue canta a ave noturna,
voz do abismo, dor que retorna.
O vento envolve sua veste encantada,
eco de penas, alma marcada.
Entre véus, renasce a feiticeira,
guiada pela estrela derradeira.
A marca não sangra, mas brilha,
sob a lua que tudo vigia.
E quem ousa fitá-la profundo,
vê um espelho do outro mundo.
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Autor:
A Sales (
Offline)
- Publicado: 19 de julho de 2025 20:27
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema é parte de uma conto que escrevi chamado O Coração Queimado de Lázaro. A Mulher vestida de Coruja é Andressa a protagonista.
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 3
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