Eu — Vampiro 

Lemos de Sousa

.

 

Bebi

do orvalho

de sangue 

das bruxas —

Suor 

de virgens 

e choros

de flor

noturna,

Bebi 

do anis 

Sem ver 

os Sóis,

Temendo 

a noite 

também 

de estrelas

Bebi

as sombras

por sobre 

o fim —

Bebi

entre 

as pernas 

de santas

De putas

Uma

por uma —

As vi

gemendo

iguais 

e nuas,

Tocando 

a pele 

Eu — a agulha

Teci

a morte 

Bebi 

a cura —

E ainda hoje

estou

vestido

De amor 

e foda 

e fúria,

E ainda hoje 

soturno 

de juras,

Eternas —

sou feito

assim

de suas 

tragédias! ( ... )

 

- Lemos de Sousa 

  • Autor: Lemos de Sousa (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de julho de 2025 18:07
  • Categoria: Gótico
  • Visualizações: 6


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.