Estou presa entre as quatro paredes de meu quarto
Pensando nos dias em que se passaram, nos dias em que eu podia respirar
Esse sentimento de desistir, descarto
Não o aceito aqui
Pois a natureza foi capaz de me adoçar
Ela sente em suas costas o peso da solidão
Todos os dias ela repete que irá aguentar mais
Não há ninguém para tirá-la do chão?
Está aguentando a maneira que destruíram seu psicológico, seu ser
Como ela deixou tirarem seu prazer?
Nesta longa viagem vi o sol nascer
Enquanto esse sentimento que há dentro de mim
Continuava a florescer
Impressionante…
Cada vez que o Sol nasce, nasce diferente
Mas suas características nunca mudam
Sendo lindo, brilhante e distante…
Queria tocar toda a natureza em minha volta
Mas no fundo eu sentia
Que a prisão logo viria
Eu sabia que logo estaria naquelas quatro paredes de novo
Eu sabia que eu estaria de novo limitada
Em minha volta ninguém percebe o quanto estou cansada
Mas quando eu olho esses pássaros, quando olho esse mar
Ainda me dá esperanças de amar
Ainda tenho esperanças da harmonia do ser humano com a natureza
Eu sei que logo sairá de mim e vai descarregar toda tristeza
12 de jan. de 2022
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Autor:
Ester • (
Offline)
- Publicado: 19 de julho de 2025 17:49
- Comentário do autor sobre o poema: Quando escrevi este, eu tinha 16 anos. O contexto é que eu finalmente havia saído de casa, mas já previa voltar no ambiente o qual passei minha vida inteira. Há uma gratidão esperançosa pelos pequenos momentos de prazer, mas a ansiedade de relembrar o sentimento de não se sentir livre. De não se sentir compreendida em meio ao um ambiente de confusões desnecessárias. Apenas em minha própria mente indo de escola pra casa e de casa para escola. Sendo menor de idade, eu vivia o que fazia sentido para os outros e não o que fazia sentido para mim. E isso me doía por dentro. Apenas em casa, aceitando e com crises de ansiedade.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 5
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