Caminha o coração, cansado e ferido,
Em meio ao mundo cinzento e partido.
Procura abrigo, calor, direção,
Mas só encontra escuridão.
Nos becos do medo, nos gritos da rua,
Na alma que sangra e na esperança nua,
Tateia em vão por um gesto sincero,
Num tempo vazio, num mundo severo.
O amor parece miragem distante,
Sorriso é máscara, promessa é instante.
E o que pulsa dentro do peito tão fundo
Se quebra, se perde, se curva ao mundo.
Mas mesmo em silêncio, insiste em bater,
Como quem teima em ainda crer,
Que entre os escombros, no fim da jornada,
Talvez reste ao menos... uma alma salvada.
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Autor:
VITOR GABRIEL FELDMANN MARMITT (
Offline)
- Publicado: 18 de julho de 2025 13:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
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