Hoje, pela primeira vez,
você falou comigo com o peso da verdade.
E não era o que eu queria ouvir.
Ainda não é.
Mas ali, no meio das palavras desalinhadas,
eu enxerguei o medo nos teus olhos,
e percebi que amar, às vezes,
é saber a hora de não insistir.
O meu amor nunca foi pra te ferir.
Amor não é prisão,
não é angústia,
não é nó.
Amor é casa aberta,
é rede na varanda,
é paz no peito.
Hoje, você fechou a porta
daquilo que eu chamava de felicidade,
mas deixou a janela aberta,
e com um gesto silencioso,
me convidou pra ficar…
De outro jeito.
De outra forma.
Sem assustar.
E eu, com o peito em pedaços,
os olhos em pranto
e a alma exausta de lutar,
aceitei.
Porque o amor, quando é puro,
não tem forma fixa.
Ele se refaz.
Se molda.
Se reinventa.
Se demora…
Mas permanece.
E eu espero,
no fim dessa metamorfose,
encontrar em você
o meu melhor amigo
e ainda assim,
o meu maior amor.
Porque quem disse
que o grande amor da vida
não pode ser também
o melhor amigo?
Não existe ponto final
quando se trata de sentimento verdadeiro.
Hoje eu te amo assim.
Amanhã talvez de outro jeito.
Mas sempre vou te amar.
Você tem sido o meu sol,
a energia que me move,
o riso que acalma,
a voz que cura.
E isso não muda.
Porque amor é energia,
e energia não morre,
ela só se transforma.
Se esse amor vai sobreviver?
Sei lá, ele não é frágil,
E eu sou bom em lutar,
esperar
e me adaptar.
No final,
o que importa de verdade,
é que a gente seja feliz.
Junto, nunca separado, amigo, amante…
Tanto faz.
Que sejamos.
(Continuo te amando, viu… meu solzinho.)
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