Ela é o meu verbo, Ela é o poema (Versos de um amor inevitável)

Sim, ela é tudo isso

De brilho ela sobra

Alegria e beleza

Soberana e realeza

Seu riso? 

Derruba qualquer fortaleza

Seus olhos traem a pressa

Me prenderam e calou-me

As palavras me faltaram

E ao contemplar sua beleza

As palavras sumiram

Foram embora depressa

Dela, o que mais falar?

Tudo que é meu , já é dela

Os poemas, as palavras , meu ar

Todos temem perder algo

Ora, não me estranhe

Mas , felizmente, eu perderia

Mil vezes, desde que ela me acompanhe

Sua pele é obra divina

Nas sombras do mundo, ilumina

Um farol de radiante 

Que consigo ela traz 

Esperança e paz

Levando ao ambiente

A calmaria serene

E a vida então se refaz

Conversar com ela é remédio

Ao falar dela eu sou poético

Pois a simplicidade não a descreve

Ela é demais, ela é excêntrica

Não vá querendo um compendium

Pois raso não a compreende

Ela é inteligente, virtuosa

Ela é diferente, ela é cósmica

Ela faz de si uma adivinhação

Um jogo de reflexão

 Será que conseguirias me amar?

Eu falo, falo, falo até você enjoar

Até onde você iria, cavalheiro

A me acompanhar nesse mundo?

Ela é engraçada

Sua risada é harmonia

Suas piadas mais parecem filosofia

São um recado a vida:

Eu sou uma alegre bailarina

Levo comigo a graça aonde vou

E eu?

Eu espero ser, ao vê-la dançar

Mais que digno: ser lar.