Fundo do poço

Samsandra

Nasci de uma rosa cheia de espinhos,

Sou rosa calejada, caída no ninho.

Talvez um passarinho, nestes versos há sentido,

Se ler com o coração, nestes mundo sem sentido, 

Tudo que me resta, lamentação.

 

Nestes versos carrego a dor,

De uma barraca sem pilastra,

Sinto na boca o amargor,

O gosto da dor, que não passa.

 

O gosto de um lembrança já vivida,

Sinto falta dos bons tempos,

Toda vez a mesma dor, o doce sofrimento, da vida.

 

Oh criança do passado,

Inocente, convencida, oh pobre criança querida.

No futuro tem dor e sofrimento,

Fique ai onde está, e não se mova em nenhum momento.

 

A vida aqui não é legal,

Sinceramente é um tormento,

Se quer saber o motivo da minha dor,

É porque não entendeu, minha lástima,

Não entendeu minhas palavras, meu lamento.

 

A dor de ter algo não resolvido,

E sempre voltar pior.

Até que alguém mexa e volte a reviver,

Como areia movediça, sempre disposta a te abater.

 

E esse fundo eu apelido de poço.

E assim mergulhe comigo neste fundo do poço.

  • Autor: Flavia A (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de julho de 2025 15:11
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 1


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