O amanhã nunca será como antes
nem o ontem
No passado do futuro
entre o agora e o depois
alguma coisa sempre se perde
E o que fica disso tudo
é este imbróglio empanturrado de recordes
mesclas de porções do que se foi
com pedaços do que nunca será
aglutinados no fundo de nós
no reorganizar de quem somos
no corriqueiro continuar do presente
que continuadamente nos escapa
e todas as vezes vai embora
O tempo é um luxo
que os deuses nos deram
para nos ludibriar e nos distrair
enquanto seguimos em frente
até o interromper dos relógios
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline)
- Publicado: 11 de julho de 2025 07:33
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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