Antes dela, era Eu.

Do que sois consequência?

O que lhe tira a paciência ?

Andas, mas não caminhas 

Do motivo pelo qual sofrias

Sabia pouco, mas sentia

Ora, o “futuro” lhe assusta?

Feroz é a ânsia

Algoz da esperança

Com sua malícia robusta

Que devora a vida

E a personifica em angústia

Ladra de sonhos

Martirizou incontáveis gênios

Romancistas, pintores, engenheiros

Guiou-os a um pandemônio

Em suas mentes brilhantes

Foram silenciados antes

Que seus gritos ecoassem.

Quanto de amor já morreu

Entalado em um coração

Que por pouco ainda bateu

Suspirando ainda essa emoção

Ora, aquele casal da sua sala

Química para eles não era matéria

Era mais que conexão, era Etérea

Era o sentimento da alma

E, tragicamente, desfeito

Quebrado, cada um para o seu lado

E ela, sórdida com tal, batendo palma.

Lhes deixo alguns abraços

E rogo para que aqueles que amam

Não soltem os braços

Cresçam como uma poderosa chama

Que se regozija na vitória

Contra essa escória 

Chamada de Ansiedade.