NOITE FECHADA - II
As ruas são ainda mais estreitas agora
Um museu que diz ser da resistência
Mas o medo ainda está em evidência
Ainda existe um recolher na hora
Uma rua com falsa esperança
Dois caminhos, uma angústia existencial
Zero indivíduos interessados no normal
Ninguém interessado na aliança
Num piscar de olhos tudo clareia!
Uma luz que traz conforto!
Ou será loucura, vejo tudo retorto!
Alucino com Pangeia!
A censura ainda existe
Hoje ainda pior, mais sorrateiro
Caladas e atadas são colocadas no cruzeiro
Prometido o melhor, mas o fim é triste.
As casas eram de malha
Foram destruídas pela natureza
Reconstruídas com a tristeza
Mas agora feitas de palha.
Eu respiro! Eu sou diferente!
Tu estás num Busto,
Eu numa cidade... Nada robusta...
Afinal, não somos nada parecente!
Pela Guerra somos afetados
Noites atormentadas
Aqueles que viviam entre espadas
São hoje castigados
Nas esquinas, um medo!
Sempre patrulham
Sempre algo buscam
Alguns criam um falso enredo!
Quem anda pela rua, sofre!
Com o tempo só piora
Mas anda ainda mais na busca da melhora
Mas é acertado de chofre
Nas lojas, não são lojistas, são atrizes!
Mentem em pró do próprio bem
Não ligam para quem vem
E em segredo julgam as suas raízes.
E eu caminho e volto a caminhar
Ouço os rumores
Entro e saio, sou acertado como os roedores
Mas continuo a andar.
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Autor:
Ricardo Gaspar (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2025 17:28
- Comentário do autor sobre o poema: O poema é uma reconstrução da obra "O Sentimento Dum Ocidental", parte II, do poeta português Cesário Verde. Espero que gostem!
- Categoria: Triste
- Visualizações: 4
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