Abro teus poemas como quem desabotoa um segredo
Cada verso teu se ergue, voluptuoso, no papel e na pele
Leio tua caligrafia ardente e nela pressinto teus seios —
dois parágrafos firmes onde meu olhar se demora faminto
Tuas estrofes são como teu colo macio que minha mão revisita,
como quem busca sentidos ocultos sob cada sílaba de pele
E teus cabelos ondulados, rios de tinta negra,
escorrem na página e me enredam na tua noite morna
Teus lábios são a pontuação final — carnudos, febris,
vírgulas que incitam meu fôlego a se perder entre tuas linhas
Teus poemas, amor, são labaredas que me incendeiam os dedos,
mas teu corpo é o livro proibido que devoro sem pudor
Quando te leio, cada frase faz latejar minha fome antiga
E ao pousar minha língua nas margens do teu texto,
descubro que só teu hálito e teu gosto completam o sentido
— e nenhuma metáfora é tão doce quanto tua carne aberta
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Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2025 11:13
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 26
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Feiticeira, Edla Marinho
Comentários3
Tens o dom....
sz
Pqp, Ameiii esse Poema. Parabéns Poemas discretos. S2
sz
— e nenhuma metáfora é tão doce quanto tua carne aberta.
E assim foi dito.
No aguardo da resposta que veio.
Sem ironizar mas em candura.
Pois nenhuma musa que se prese omissa ficaria por tão lindas palavras.
Há! faz isso comigo não.
Sei que sou sua predileta.
E você e o meu poeta.
O que me fez transparecer..
Por isso antes que o galo cante novamente.
Vos agradeço com um bravo.
Pois se não fosse você.
Eu chamada de poesia.
Jamais poderia sobreviver.
JT.
Obrigado JT.
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