E eis então
que hoje vi meu sonho
passar no outro lado da calçada
Era um sonho distante
que havia sonhado antes do final
do último século passado
Aquele meu sonho imberbe
continuava como antes havia deixado
a mesma feição
o mesmo frescor primaveril
o mesmo olhar esperançoso
tão saudável, vigoroso e vibrante
como são todos os sonhos da mocidade
De onde estava acenei para ele
mas ele não me reconheceu
neste meu corpo um tanto fatigado
estropiado pelo exaurir dos dias
cujos cabelos grisalhos em nada lembravam
os alourados longos cachos do passado
E o sonho continuou seu caminhar
talvez ainda em busca do meu rapaz
para que juntos pudessem se tornar realidade
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2025 08:29
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários1
Amigo poeta. Você viu seu sonho passar sem te reconhecer. Talvez, esse seu sonho precise usar Oculus para lhe ver melhor e reconhecer! É verdade que a velhice nos prega peça mas, você não mudou tão dramaticamente! Lindo teu poema. Aplausos!
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