Minhas palavras aparecem só quando a dor se cala no silêncio do peito e o que sinto transborda sem aviso.
Agora, preciso de um tempo para cuidar de mim, para que meu coração encontre descanso e meu espírito possa se reerguer.
Esse é meu espaço de pausa, um momento íntimo onde me recolho, esperando que a poesia volte a nascer, sincera e verdadeira, como sempre foi.
Volto quando sentir que as palavras são a única forma de dizer o que não consigo explicar.
Obrigada por estar aqui, pela paciência e pelo carinho. Até breve ☺️❤️
Após copos de bebida, resolvi
Maltratar ainda mais essa dor tão sofrida.
Me arrisquei no perigo de tentar escrever algo bonito,
E, no silêncio da noite, ainda te encontro,
Desejando esse impossível reencontro.
Escutar músicas antigas, tão sofridas,
Me trazem memórias doloridas.
E, nessa noite específica,
Lembranças e momentos vêm com tanto afinco,
Que olhar para o passado me quebra em sedimentos,
Pedaços de mim espalhados nos ventos.
No frio da madrugada, sinto a solidão,
O eco da ausência ainda maltrata o coração.
Ainda ontem chorei de saudades,
Dos beijos doces e de nossas verdades.
Nos caminhos da vida, me perco a pensar,
Que um fio de cabelo ainda pode me lembrar.
Tentei te esquecer, mas as lembranças vêm e vão,
Como as ondas do mar, te trago no coração.
Teu nome virou verso em uma parte ferida do meu ser,
Em evidências, não posso mais esconder.
Não aprendi a dizer adeus,
Teu olhar reflete os sonhos mais secretos meus.
E, mesmo que o tempo insista em passar,
As boas lembranças de um ano atrás não param de voltar!
Parei de beber, mas não de lembrar,
Fugir do álcool foi meu jeito de evitar,
O impulso louco de querer te ligar.
Mas, mesmo sóbria, teu nome ecoa,
E o silêncio da noite e a saudade me deixam à toa.
Eu sei que a mensagem pode não ser lida,
Mas mesmo assim, eu a envio, sem ferida.
Porque às vezes, é preciso deixar sair,
Mesmo que o silêncio seja o único a ouvir.
Preferi deixar ir o que não pude mais segurar,
Com o coração apertado e a alma em pedaços,
Eu libertei... mesmo com os meus fracassos.
E, entre as feridas, sigo desejando o melhor,
Que a vida te sorria e te leve aonde o coração for.
Músicas que citei no poema
"Ainda Ontem Chorei de Saudades" - Chitãozinho & Xororó
"Fio de Cabelo" - Chitãozinho & Xororó
"Evidências" - Chitãozinho & Xororó
"Não Aprendi Dizer Adeus" - Zezé Di Camargo & Luciano
"Frio da Madrugada" - Rio Negro & Solimões
"Tentei Te Esquecer" - Zezé Di Camargo & Luciano
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Autor:
Lina (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 7 de julho de 2025 00:23
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema nasceu na madrugada de um Natal, entre um gole e outro, quando o álcool me enganou e a saudade me venceu. Bêbada, deixei meu coração falar mais alto do que a razão, e naquela confusão doce e amarga, só consegui lembrar do que foi bonito...as dores ficaram escondidas, mascaradas como se nunca tivessem existido. Escrevi cada palavra com o peito aberto, acreditando, por alguns minutos, que ainda fazia sentido sentir, lembrar, desejar. E na impulsividade do momento, enviei o que não devia, para quem já não merecia. Não me arrependo do poema, ele é verdadeiro, é meu, é o reflexo de um sentir que não sei esconder. O que pesa é ter jogado minha vulnerabilidade nas mãos de quem fez tão pouco caso… Mas faz parte. Hoje, sóbria, entendo que algumas palavras precisam existir, mas nem todas precisam ser lidas por quem não sabe cuidar delas. Esse poema é um pedaço meu, um suspiro de saudade, um erro impulsivo e, ao mesmo tempo, um alívio... porque o que sufoca precisa sair, mesmo que seja em forma de versos bêbados.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 2
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