Ah, se você soubesse o que havia no meu olhar...
Era mais que amor, era entrega.
Era como se o mundo parasse toda vez que eu te encarava.
Como se cada detalhe seu fosse sagrado.
Te olhar era meu refúgio, meu silêncio mais bonito, meu jeito de dizer "fica" sem precisar de palavras.
Eu te olhava como quem encontrou abrigo depois de tantas tempestades.
Como quem acreditava que, enfim, tinha chegado o amor certo.
Meus olhos te buscavam mesmo no escuro, mesmo no caos, mesmo quando tudo doía.
E mesmo quando você me feria... eu ainda te olhava com amor.
Era um olhar que perdoava antes mesmo de entender.
Que se doava, que esperava, que sonhava.
Era um olhar que gritava: "você é tudo o que eu quero", mesmo quando minha boca silenciava.
Você era a razão do meu brilho.
E talvez você soubesse disso, talvez tenha se acostumado demais com esse olhar.
Mas sabe o que mais dói?
É que você assistiu ele morrer... Devagar.
Como quem assiste um pôr do sol sem se importar com a escuridão que vem depois.
Hoje, meu olhar já não te procura.
Não se acende, não se perde, não se entrega.
Porque o que você não cuidou o tempo apagou.
E aquele olhar apaixonado que um dia te amou com todas as forças... agora é só memória.
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Autor:
Alexxandre (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 3 de julho de 2025 21:04
- Comentário do autor sobre o poema: 100 palavras
- Categoria: Amor
- Visualizações: 3
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