Do Amor Que É Teu

L. R. Ramos

De tudo do meu amor serei o instante,
o toque sem pressa, o silêncio que arde.
Serei a curva dos teus olhos antes do riso,
a tarde que se dissolve em tua pele viva.

 

Serei o tempo suspenso quando me esperas,
o passo certo no compasso do teu andar.
Serei o fio de voz que te chama rente,
o arrepio que percorre sem precisar tocar.

 

Serei o que fica depois da despedida,
a saudade que pulsa, que habita em ti.
E quando te olharem sem me encontrar,
dirás meu nome sem notar.

Comentários +

Comentários2

  • L. R. Ramos

    Sim, o início deste soneto lembra Soneto da Fidelidade de Vinicius, mas a semente termina ai.
    Sim, fala de finais de relacionamento e o encerramento do soneto me toca toda vez que leio, mesmo o tendo escrito.

  • L. R. Ramos

    Algumas presenças seguem mesmo depois do fim. Invisíveis, mas inteiras.



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