De tudo do meu amor serei o instante,
o toque sem pressa, o silêncio que arde.
Serei a curva dos teus olhos antes do riso,
a tarde que se dissolve em tua pele viva.
Serei o tempo suspenso quando me esperas,
o passo certo no compasso do teu andar.
Serei o fio de voz que te chama rente,
o arrepio que percorre sem precisar tocar.
Serei o que fica depois da despedida,
a saudade que pulsa, que habita em ti.
E quando te olharem sem me encontrar,
dirás meu nome sem notar.
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Autor:
L. R. Ramos (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 1 de julho de 2025 07:05
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
- Usuários favoritos deste poema: L. R. Ramos, simone carvalho dos Santos
Comentários2
Sim, o início deste soneto lembra Soneto da Fidelidade de Vinicius, mas a semente termina ai.
Sim, fala de finais de relacionamento e o encerramento do soneto me toca toda vez que leio, mesmo o tendo escrito.
Algumas presenças seguem mesmo depois do fim. Invisíveis, mas inteiras.
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