Amanheceu...
Dormindo na praça
Vivendo na rua
Sem o que comer
Sem o que vestir
Sem onde dormir
Sem o que fazer
A fome
O frio
A chuva
Passa homens e mulheres
Passou um homem
Cospiu no chão
Passou uma molher e desviou
Passou criança
Quis ajudar
Os pais não deixaram
Anos passaram
Águas rolaram
O homem morreu
A praça acabou
E o homem que cospiu
Virou mendigo
E todos os dias
Com fome
Nas ruas
Lembrou
Do dia que cospiu no chão
Negou ajuda
Mas era tarde
Era difícil
Era trajico
A cena se repetia
O homem doente
Pedindo favor
Pedindo esmola,
Comida
E água
O frio da noite
As lágrimas
O rosto sofrido
O homem na rua
Castigado
Já faliu
Já sofreu
Já amou
Morreu sozinho
Com culpa
Com sofrimento
e com dor
E vieram outros
Sofreram
Morreram
A tristeza
O sofrimento
Segos
Não com olhos
Mas com mente
Com pensamentos
Com ações
Uma cena que se repete
Mas você não vê
Está ocupado
Perdendo seu tempo
E a história e real
Nas ruas
Na esquina
Na rodoviária
Na sua rua
A fome
A miseria
E o descaso
Sem reflexão
Sem pena
Já anestesiados
-
Autor:
Daniel Bernardo Marins Ouriques da Cunha (
Offline)
- Publicado: 1 de julho de 2025 00:05
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.