SALEM

Antonio Olivio

 

Gato preto envenenado
Quatro patas marrento 
Pula dos quatro cantos
Pra dentro de um canto em mim
Não dá a mínima de fato
Para o que eu sinto por ele
Me arranha sem preconceito 
Quando lhe abraço de jeito
Não mede indelicadezas 
Quando lhe dá na telha
Voa pra cima das telhas 
Depois volta sorrateiro
Cheio de miaus berrados
Se abraça no meu silêncio 
Adora estar fora de hora
Dentro da sua hora 
E sempre fora da minha 
Me quer e também me nega 
Mas quando quero
Ele dispara.. 
Porque sabe 
Que o tempo certo
É quando ele decide que é
E então ele se embola
Na  minha falta de  hora 
E meu coração reconhece
De tanto encantamento
De tanto amor que transborda
Que ele sempre soube e sabe 
Que tudo que eu mais precisava
Era descansar no momento
Quando ele vem e se ajeita
Debaixo da minha mão 
Ao lado da minha perna
E quando eu acho que o tenho
É quando ele vai
Embora...

Antonio Olivio

  • Autor: Antonio Olivio (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de junho de 2025 21:27
  • Comentário do autor sobre o poema: Homenagem ao meu gato preto marrento...
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8
Comentários +

Comentários1

  • Rosangela Rodrigues de Oliveira

    Meu gato teve um filhote lindo que eu chamava gato da Sabrina, só faltava falar, era preto com umas mesclas marron, tinha uns pelos gigantes, deve estar por aí fazendo a festa na casa de algum Barão. Bem expressivo seu poema. Parabéns poeta.

    • Antonio Olivio

      Obrigado !!

      Os gatos são criaturas espetaculares!!!



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