Vol. I — Preliminares

Versos Discretos

Teus olhos cobertos dissolvem o mundo,
mas tudo em ti desperta em claridade.
A pele se torna um mapa secreto,
meus dedos percorrem cada contorno.

O hálito quente na tua nuca acende,
o arrepio que sobe feito brasa discreta.
Minhas mãos repousam em teus ombros,
como promessa de algo que te toma.

Desço, lento, até a curva dos seios,
onde repousa teu pudor mais frágil.
Sopro leve, mordisco a ponta macia,
e sinto teu coração bater na palma.

No silêncio, teu corpo confessa segredos,
o rubor no peito, a respiração rarefeita.
És pura espera e desejo contido,
presa voluntária na minha devoção.

  • Autor: Versos Discretos (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de junho de 2025 11:55
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante


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