Balada para uma alma que se foi

Zabah

Conheci o belo e o feio
O silêncio que foi além
Ouro fino, barro secou
Mãos finas nana o neném.
 
Ouvi o silêncio, o som e o mar
Meu choro, meu grito e penar
De tudo que me destes aqui
Cantar, tocar é amar.
 
O som que me rodeia a alma
Acalma, assusta enlouquece
O barulho que cresce enoitece
Em tudo que há vida oferece.
 
É meiga a paz, emerge e enamora
A vida é mais que uma hora
O momento é só agora
Tudo que é vida evapora.
 
Aqui fico, aqui acabo, aqui termino
Quer foi o bem, quer foi o mal
Pinto meu céu de estrelas
Morro, me faço um menino.

  • Autor: Zabah (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de junho de 2025 21:52
  • Comentário do autor sobre o poema: A voz no poema é a de um pai que perdeu seu filho.
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 3


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.