Mar de Ti
Oh, vida...
Como meu oceano que se esvaziou,
me vejo à deriva, sem norte, sem cais,
perdida em um silêncio onde antes era tua voz.
Há pouco...
Ouvi teu chamado que me atravessou
feito eco em sonho que já partia —
e ao despertar, já não estavas.
Amor meu,
por que me chamaste se não querias ficar?
Por que me puseste a caminhar sem destino
se o meu mundo era apenas te amar?
Fizeste do meu sonho uma estrada incerta,
me deixaste entre o desejo e a dúvida,
e mesmo assim, vi no teu rosto
uma timidez que acendia o riso na minha alma.
Teu jeito doce serenava meu peito,
e meu coração, antes tumulto,
se fez mel na tua presença.
Te amo vida, te amo errante.
Mesmo perdida, não me contento
em ter de ti apenas um instante.
Porque o que senti não foi miragem —
foi real, foi sangue, foi verdade.
Não te queria no abstrato,
mas inteiro em carne e saudade
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Autor:
Nalva Melo (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 26 de junho de 2025 13:28
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema é um mergulho nas águas da saudade. Ele fala de um amor que chegou com doçura, transformou tudo — e depois se foi. Mesmo assim, permanece a certeza de que foi amor de verdade, daqueles que marcam a alma.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 3
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