Deixa-me dizer-te estas palavras
que a minha boca tem para te dizer
são pedaços de vida e coisas raras
que o meu coração tem para te oferecer
Têm alma, vida, e a desgraça
numa amálgama de grata ironia
o silêncio da dor que a gente passa
que transforma a tristeza em alegria
Sou o passado o presente e o futuro
um farrapo que vegeta em noite fria
o silêncio que grita no escuro
acordando do marasmo a alegria
Da história das tristes ironias
lembro o rufar dos tambores da desgraça
das montanhas cinzentas e sombrias
às infames vergonhas da chalaça
Horizonte colorido desbravei
numa rota triunfante em apogeu
alegria em teus olhos eu verei
com as lágrimas de alegria, tu e eu.
MAYK52
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Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 26 de junho de 2025 07:28
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Feiticeira, Fabricio Zigante
Comentários2
Que belíssimo e profundo poema! Suas palavras tocam com intensidade os sentimentos mais humanos — a dor, a memória, a luta e, ao final, a esperança. A forma como você transforma o sofrimento em força e o silêncio em grito é comovente. A mistura de melancolia e superação dá à poesia um tom quase épico, como se cada estrofe fosse uma batalha vencida.
Admiro especialmente a imagem do “silêncio que grita no escuro”, pois resume com maestria aquele sentimento que muitos carregam mas poucos conseguem expressar. E o final — com “lágrimas de alegria” — é um desfecho delicado e esperançoso, que ressignifica toda a dor anterior.
Parabéns por essa obra sensível, sincera e cheia de alma. É poesia que permanece.
Grato, amigo Melancolia, pela leitura e gentil comentário.
Abraço fraterno.
Caro Gil, que beleza sublime carrega este poema cujo início convidativo nos conduz na suavidade dos versos para um final que nos causa sussurros de admiração.
Abraço fraterno!
Muito obrigado, amigo Fabricio, pelo gentil comentário.
Abraço fraterno!
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