Olá, bebês! Bem-vindos ao seu lar!
Venham com calma, seus olhos curiosos irei agradar.
O "mundo" é grande - e meio maluco! -
Tem dias longos e também curtos.
Aqui tem sol que às vezes queima,
E chuva que vem quando alguém teima.
Tem gente que grita, gente que dança.
Existe o medo, existe o sonho, mas existe Esperança.
Nem tudo é fácil, como irão te contar,
Mas aqui, sempre tem abraço para te confortar.
Tem bicho, brinquedo, pão e muita canção!
Mas saiba aproveitar o silêncio no coração.
Você vai tropeçar, e vai até chorar,
Mas vai rir tanto, tanto, tanto que a dor vai compensar!
E você fará amigos, irá perder alguns, e vocês se divertirão,
E irão ganhar histórias e fazer histórias - ah! isso tem de montão!
E quando o mundo te parecer demais,
Confuso, bagunçado, brigas de homens maus, e temporais,
Lembre-se do que um velho escritor me pediu.
Com uma voz cansada, mas olhar gentil:
"Olá, bebês. Bem-vindos à Terra. É quente no verão e frio no inverno. Ela é redonda, molhada e cheia de gente. Por fora, bebês, vocês têm cem anos aqui. E só existe uma regra que eu conheço, bebês - pelo amor de Deus, sejam gentis."
Por favor... sejam gentis. Pelo amor de tudo o que ainda há de ser, sejam gentis.
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Autor:
Bino Hortêncio Tavares (
Offline)
- Publicado: 26 de junho de 2025 00:14
- Comentário do autor sobre o poema: O poema gira entorno da frase do escritor norte-americano Kurt Vonnegut (1922 - 2007). A frase mencionada ao final é de sua autoria.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 2
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