Não só de tristeza me alimento!
Sei que a vida é breve, nesses dias que passam,
que as noites são longas, nessas solidões...
Assim mesmo resisto as intempéries, ao desânimo!
Contento-me com a esperança de um amor,
de um gesto gratuito, tardio, de um amigo,
entre vagas lembranças em meus sonhos noturnos,
entre feridas que persiste, entre poesias lidas, persisto!
Contento-me e me alimento desses amores findos!
A vida é feita de perdas e insistentes imprudências.
Saio por aí vestido com minhas roupas rotas,
com meu passado, melancolia e alguns poemas.
Revigoro-me entre dias claros, entre mulheres passantes...
Os dias me entregam muros sujos, peles carcomidas,
mas insisto com meus passos nesse mundo amorfo,
nessas ruas escuras, desprovidas de esperanças!
Ainda assim resisto, insisto, apesar do tédio da cidade,
apesar do meu tédio entre lembranças e desesperança.
Lentamente avolumam-se meus desejos, penumbras e incertezas...
Ainda assim caminho nessa vida com meus passos trôpegos...
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Autor:
JTNery (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 25 de junho de 2025 15:38
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
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