PRISÃO (soneto)

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Ó meu verso, meu falto verso que choras

As lágrimas tão sentidas de uma saudade

Na qual as estrofes que amargam as horas

E, deixam o suspirar cheio de profanidade

 

Não quero sentido que o desejo imploras

O suave amparo de uma cáustica vaidade

Quero o perfume suave das ternas auroras

De outrora: o beijo, o olhar... e a vontade

 

Ó prisão, ah infortúnio, ah cântico pobre

Que tira o tom do coração poético e nobre

Inspirando as lembranças só com rancor

 

Ó solidão, junta ao enredo nostálgica cena

Sussurrando versos com sensação pequena

Onde um tempo grassou o manifesto amor!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

22 junho, 2025, 14’49” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado



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