JÁ ERA! COWBOY DE TERNO
Tudo passa nesta nossa vida !
Passaram-se outonos e invernos
Passaram-se fadas e bruxas temidas,
Os magos passaram e os seus feitiços
A calça jeans, o blazer, e o terno
Passou-se a brisa, fez-se mar agitadiço
Eu fico um tanto indignado
Pra ser sincero, quase irritadiço
Por que tudo nessa vida passa?
Bom dura pouco; não presta quer ficar
Primeiro se ama, depois se despedaça
Primeiro me esnoba, depois vem bajular
Primeiro o beijo, depois vem o enguiço
Hoje, na poeira que esta boiada alçou
Pra ser sincero, sou um cowboy castiço
O primeiro presente, a primeira flor
A primeira cantada, o primeiro olhar
Me sentindo ser 'peão nato, laçador'
Digo que ainda, só não se passou
Nosso amor rural, mas sem 'compromisso'
Hoje me sinto um ser indomado
Para ser sincero, do amor sou manumisso
Tantos sonhos que deliro ao sonhar
Juras de amor me fizestes ao luar
Consomes todo o meu eterno ciúme
Em uma só nota o caos se me resume
No primeiro dia Tu Criou depois Deu sumiço
Deixou este 'eu cowboy estilado'
Pra ser sincero, pisar solo movediço
Uma linda canção Tu me ensinou
Vi, de repente, chegar-me o inverno
Como luz densa, solar, Me aquentou
Na noite brilhante Vestiu-me o Superno
E Me perguntou: poeta, te lembras disso ?
A vestimenta teve o tal homem guardado
Pra ser sincero, tu nem mereceria isso' (elfrans silva)
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Autor:
Elfrans Silva (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 22 de junho de 2025 14:37
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Maximiliano Skol, Sezar Kosta
Comentários2
Tudo passa, prezado Elfrans, tens bastante experiência disso...
A tua inspiração poética é que persiste.
Um apertado, fraternal abraço.
É o tempo insiste em passar , será isso bom ou ruim? Parabéns pelo arte escrita, um abraço poético a você.
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