Intolerância á diferença

Marco Rodrigues


Intolerância à diferença
Durante toda a história da humanidade,
um veneno tem passado por gerações,
que propaga a maldade,
e contamina fracos corações.
Ser diferente sempre incomodou,
às ovelhas do rebanho infetadas,
pois a sua intolerância nunca mudou,
após décadas passadas.
Ser de outro país é ameaçador,
usar turbante é extremista,
mesmo que seja trabalhador,
é tomado como terrorista.
Na música o mesmo trajeto,
as massas definem a tendência.
Ouvir música pesada não é correto,
é satanismo e penitência.
O populismo ainda se aceita,
o ordinário até é engraçado,
algo diferente é como uma seita,
digno de um renegado.
Ter outra escolha sexual,
É anti natura, uma blasfémia,
"Meu senhor, isto não é normal,"
"Que incorreto a sua vida boémia".
"Aquele é rico porque roubou,"
"Aquele é pobre é drogado"
"Já viste o vizinho viajou"
"Só eu não vou a nenhum lado"
"Devem estar em esquemas duvidosos"
"Que roupa horrível, e tanta mania""
"São negros, são manhosos"
"Donde vem tanta alegria"
A diferença faz comichão,
aos olhos de quem não entende,
que se amedronta com a solidão
Porque a si ninguém defende.
Ter opinião própria é coragem,
de não seguir um rebanho,
conseguir passar para a outra margem,
seja qual for o tamanho.
Atualmente que nem animais,
outras vozes se ergueram,
escondidas em redes sociais,
que nada do passado aprenderam.
Numa era de fácil informação,
da resposta a distância de um dedo,
Preferem viver numa ilusão,
refugiadas no seu medo.
Do medo do que não conhecem,
do que não querem compreender,
Ouvem teorias absurdas e obedecem,
caem no vazio por não querer ver.
É um veneno transmissível,
que só cura com conhecimento,
Ser culto não é impossível,
Cultiva se de fora para dentro.
São estereótipos de ignorância,
de preguiça de pesquisa,
se o rebanho der importância,
toda a estupidez se enfatiza.
Ser intolerante a quem é diferente,
é o grande bloqueio da humanidade,
que mata e subjuga consciente,
o que não se conhece de verdade.
Marco Rodrigues

  • Autores: Marco Rodrigues
  • Visível: Todos os versos
  • Publicado: 22 de junho de 2025 12:37
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