Vento frio no rosto, arrepios na espinha em conjunto
Lendo livros, procurando respostas que nunca entendi
Enchendo minha cabeça de agonias, tentando não sufocar
Já está dolorido demais, meu coração continua pendurado
Preciso de mudanças, outros ares pra descansar
As coisas já estão perigosas, continuo vomitando minhas lágrimas
Sangrando aos poucos, a coagulação continua sem parar
Um ato de ir e voltar, sempre tive responsabilidade demais
Ontem era para ser bom, hoje já não foi, não quero saber do amanhã
Me esforçando por míseros trocados, vou quebrar o vidro e pisar nos cacos
Contando as horas que não passam, o calendário que nunca cai
Você consegue me achar no meio de tanta bagunça?
Boneco ventríloquo de mim mesmo
Indo em frente mesmo deixando cair os pedaços
Não lhe dirigi uma única palavra, cada dia que passa elas estão sendo afiadas
Está tudo virando um borrão e estou caindo nesse desfiladeiro
Uma ajuda que nunca veio, uma pessoa que nunca apareceu
Um coração assustado, um homem tão falho com o coração pendurado...
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