A água dimana rumo ao bueiro,
O canteiro lavado, pingo a pingo,
Respingo na vidraça olha o porteiro,
O pedreiro folgou, nem é domingo.
Bingo! Saiu em meio aquele chuvisco,
Sem risco, sapato, só coração,
Canção cantarolou, chutou pedrisco,
O hibisco beijou, o verde ergueu na mão.
Caminhão buzinou, nem importou,
E cruzou a rua em passos de balé,
de ré, lado, de frente, ela dançou.
Molhou-se por inteira no ‘rolé’,
pé descalço, o cabelo se encharcou,
entrou em casa, um banho, depois café.
Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie
-
Autor:
Raquel Ordones (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 18 de junho de 2025 20:12
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 12
Comentários1
SERGIO NEVES - ...e tu, rimas com poesia! / ...gosto por demais desse teu jeito de versar...,...peculiar, único! ...taí esse teu escrito a isso confirmar...,...uma "enxurrada" inspiracional! ...um balé poético, de ré, de lado, de frente... /// Meu carinho, menina.
abraços, menino poeta! obrigada!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.