o peito aperta
como um grande elefante
ele sempe me afeta
em cima de mim
a me esmagar
tirando daqui
a minha força de respirar
parece que vou sucumbir
desistir de mim
ou continuar assim ?
eu só queria fugir
ir pra longe de mim
porque continuar?
eu sempre sei onde vai dar
uma dor escondida
que sempre fica reprimida
eu finjo ate acreditar
como se assim pudesse parar
o peito
o sufoco
a dor e o desconforto
uma tempestade a se formar
nuvem de areia
eu mesma faço
a dor que me permeia
um dia talvez pare
ou talvez nunca acabe
mas nada é pra sempre
eu sigo assim
até que um dia
a nuvem cheque ao fim.
-
Autor:
Nuvem de Areia (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 17 de junho de 2025 18:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
O texto transmite com honestidade o dilema interno entre resistir ou ceder, entre fugir de si ou tentar seguir apesar da dor. A metáfora da "nuvem de areia", que a própria pessoa parece criar, é particularmente poderosa: mostra como às vezes somos ao mesmo tempo vítimas e autores do nosso sofrimento, presos em ciclos de pensamentos e emoções que obscurecem a clareza.
Apesar da escuridão, há uma fagulha de esperança no final: a ideia de que "nada é pra sempre", e que essa nuvem, por mais densa que pareça, pode eventualmente se dissipar. É um lembrete melancólico, mas importante, de que mesmo os sentimentos mais esmagadores são passageiros.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.