Banhado nas águas do nascimento
Providos de inteligência, mas com abstinência de tudo
Desfoque minha esperança, isole todo o meu coração com fita
Nenhum de nós está livre, nenhum de nós
Mundo cruel, anjo com medo da tristeza
Eu te vi voar tão baixo, não caia dentro dessa imensidão
Aponte seus olhos para mim, para entender, para compreender
Sentirei o medo, agonia, a alegria e a própria felicidade
Incontáveis vezes que acordei na madrugada
Com dor, com lágrimas, com tantas palavras que não saíram
E eu vi, eu vi o anjo perto de mim
E eu vi, eu vi os olhos do anjo em prantos
Sabendo de tudo, sabendo do absoluto nada
Somos tão fracos, tão solúveis, mas tão indispensáveis
Criados para os céus, atitudes de serem condenados para o inferno
Cruz, anjo, me traga a cruz para abraçar
Nessa cidade tão cinzenta, nenhum deles consegue ver
Com olhos tapados, enquanto suas almas gritam em silêncio
Meu sorriso se forma, o tempo está chegando
Não sobrará nenhum de nós na dor...
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