Ode ao Prazer — Reescrita

Versos Discretos

Reivindica teu prazer, antes que ele se dissipe,
Permite que eu seja teu cúmplice, teu farol, teu delírio.
Deixa-me dançar no templo secreto de teus quadris,
E desenhar na tua carne o mapa perfeito do êxtase.

Sob o balé incessante de teu corpo ondulante,
Sinto tua febre subir, queimar, incendiar meu ser.
Tu me provocas, me torturas, arqueada em desejo,
Montada em minha rigidez, és dona, senhora, tirana.

Suplico pelo veredito de nossos ritos profanos —
És minha carcereira, possuidora de minha carne e razão.
Nossos corpos estremecem, à beira do colapso, da explosão.

Reclama de mim tua sede, tua luxúria, tua perdição,
Bebe sem pudor o néctar espesso do prazer que te ofereço.
No abismo das minhas emoções, faço morada —
Ali, onde tu cometes, sem arrependimento, teu mais doce crime.

  • Autor: Versos Discretos (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de junho de 2025 14:54
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 7


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