Eterno Banzo

Richard Prado Dantas



Meus sonhos se foram a bordo de um Tumbeiro 

Minhas lágrimas caíram no mar

A tormenta que aproximou se primeiro 

Não fez meu banzo parar

 

Nossos Macumbos invadiram

Para minhas irmãs em Mucamas transformar 

Civilizar era o que diziam

E de Mãinha fizeram me desmamar

 

Agora sujo e faminto

Estava amuado em alto mar

Mãinha e Pãinho ficaram dormindo

Não mais viram me chorar

 

Mais uma vez de capitães do mato

Vivo a correr e a me esconder 

Em algum quilombo tentarei minha sorte

Porém 

Não importa quem venha a deter o poder

O feitor estará sempre segurando o chicote 

  • Autor: Richard Prado Dantas (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de agosto de 2020 18:44
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 38
  • Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.