Na adolescência, uma menina sentada
no fundo da sala de aula
com olhar distante e penetrante,
Uma amizade que surgia,
Ela, toda escura e quieta..
Me mostrou o mundo que eu não via.
Com ela, descobri os sons da vida,
Músicas que marcavam o coração,
Jogos que faziam a alma sorrir,
[e a descobrir]
Ela, minha companheira,
que um tempo foi minha mão.
Nos conectamos pela diferença,
Cada um com sua própria essência,
E nos caminhos que o destino traçou,
A amizade floresceu e me transformou.
E houve um rio impiedoso,
Nos separou, nos fez seguir rumos diferentes,
E no final, o choque, o peso, o grito...
Treze anos depois, a notícia, a dor, o silêncio.
Ela partiu, levou consigo sua luz,
E eu, aqui, com um vazio sem fim,
Me pergunto...
Até quando? Até quando? Vamos reviver?
O que é amizade, afinal?
É um laço que o tempo não desfaz,
Mesmo com escolhas, ideias e rumo diferentes?
São os momentos, os risos, os segredos,
São os pedaços de alma que permanecem em paz.
E, por mais que o caminho se desfaça,
Carregamos para sempre essa marca,
Porque algumas pessoas são estrelas no nosso céu,
E cada uma, por mais que se vá,
nos deixa um pedaço
[e acabamos sendo réu]
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Autor:
Anna Gonçalves (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 11 de junho de 2025 18:06
- Categoria: Amizade
- Visualizações: 5
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Comentários1
Muito bonito e sensível poema.
Gostei bastante, cara Anna.
Abraço!
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