Desfiro golpes em cada janela de vidro
Apenas para ver o seu semblante refletido
Cada caco, cada brilho, pouco de sua luz
Passa por mim, como cortes de marfim
O que escorre não é sangue, é meu momento.
Lembranças que insistem eu não olho
Se não choro, enrijeço, dentes ranjo
Inconformado, brotam fios de arco-íris
Enquanto meu olhar continua sem cores.
Tempo maldito, que não para e para nada
Não respeita sua memória, nem no agora
Reconstroe o seu espelho, ilusão passada
Até aprender a não manter o que mudaras
Lembrar-me então no fim de que morrerás.
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Autor:
Danyel Wolf (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 10 de junho de 2025 20:12
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 4
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