“O sentimento se contentou a fremir dentro dele sem que se pusesse em marcha” (Prost- Em busca do tempo perdido)
O mar convida
Ondinas beijam seus pés
Atraídos pela areia
Passeiam pela água cristalina
Vitrinas translúcidas, transparentes
Que lhe dizem: venha
Ulisses ouve o chamado de Circe
Adivinha o canto das Sereias
Uma inefável claridade
De um amarelo radiante e comovente
Invade sua vontade
Com a esperança do sol poente
Tudo lhe promete felicidade
Como uma senha
Vai acontecer, mas não acontece
Então a noite cai
A maré que veio, vai
Ulisses esquece
Algo lhe distrai
Ao longe a tempestade brama
Turva as águas da arrebentação
Ulisses se volta, Ítaca lhe reclama
Comentários1
Proust fala de Odisseo? Belas imagens.
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