No final é sempre assim...
As mesmas estórias, os mesmos enredos,
tantos rompantes entre incertezas e angústias.
Todas os errantes caminhares, insípidos beijos!
Hoje amanheci com minhas feridas abertas!
Amanheci com meus conflitos e desenganos.
Às vezes sinto-me enredado por uma vida de sombras,
preso a incertezas e ironias, sobrevivente, fragmentado.
Tantos momentos de incertezas e conflitos vivi!
... ao final de tudo me resta só lembranças,
boas e más recordações, muitos ressentimentos!
Não tenho mais urgências, entre vagos despertares.
Convivo com meus fantasmas, meus desalentos!
Contemplo a vida passando entre passos carcomidos,
entre lembranças, entre horas insistentes a passar.
Desmedidas manhãs, desfiguradas noites, sempre assim...
No final, faz-se os dias e as noites, entre passos claudicantes,
entre solidões e impaciências desfaço meus dias,
iguais em cada passo, diferente em cada dor, sem medo!
Ainda não morri completamente, é incontestavelmente certo.
Ainda removo pedras e construo alguns poemas,
embora meus sonhos sejam torpes, insanos e tortuosos.
Mesmo que encontre obstáculos em cada amanhecer,
refaço-me, subsisto entre naufrágios e esperanças...
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Autor:
JTNery (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 10 de junho de 2025 18:17
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
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