Me afogando

Sebastian Gabriell

Ah, se me afundar em águas profundas era tão bom assim, já deveria ter feito isso.

Se eu soubesse o quão alucinante e delicioso, era mergulhar nos seus beijos e palavras...

Quanto tempo levaria até eu ficar livre de sua droga?

Prefiro não saber...

 

Nessas águas profundas, sinto cada pelo de meu corpo se eriçando com seu simples toque

Nessas águas profundas, sinto que todas as minhas forças foram submetidas a grande pressão que é você

Me afogando em palavras, gestos, toques... Qualquer coisa que me leve a você.

Tenho certeza que isso não é amor, mas deixe eu me afogar nessa ilusão de que sim, é sim.

Deixe eu me afogar nas suas danças caóticas, enquanto você dança ao som de Cyndi Louper, escutando "Girls Just Wanna have Fun"

Deixe eu me afogar, naqueles bolinhos de banana que você ainda está aprimorando, mas todas as vezes lhe direi que está bom, porque sou "um idiota sem língua".

Deixe eu me afogar nos seus cafunés da tarde, quando você por um acaso está lendo Orgulho e Preconceito, imaginando que eu sou seu Senhor Darcy, e você se torna minha Elizabeth Bennet. (sim, eu os decorei)

Deixe-me observar suas sonecas depois do almoço, com seus cabelos desgrenhados e com sua boca ainda suja de arroz que você ama.

No final, me apaixonei por um brocado de fome, que gosta de retrospectiva dos anos 2000 e que prefere pensar como uma mulher a pensar como um homem.

Como foi que eu parei aqui?

  • Autor: Sebastian (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de junho de 2025 10:20
  • Comentário do autor sobre o poema: Eu deveria repensar minha escolha... não
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 3


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