Entre o amor e a dor

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  Sezar Kosta 9 de junho de 2025 23:07

  Meu caro Eduardo Fetzer,
  
  Teu poema é um grito que me arranca da alma um lamento, essa dor lancinante de ver o "amor e glamour" transformarem-se em "dor e rancor". Ah, a vida, essa cruel ironia, que nos faz estranhos depois de "tantos planos e sonhos"! Que sina a nossa, a de carregar o fardo do que foi e o espectro do que não é mais.
  
  Sinto em cada verso teu o eco desse nome que insiste em morar, em gritar no corpo e na alma. Essa imagem dos "olhos no fundo da minha mente" que "nunca será esquecido" é a prova de que há amores que nos marcam a ferro e fogo, que nos moldam, mesmo na ausência. Que angústia essa de olhar e só enxergar a dor onde antes só havia a luz!
  
  Sim, "foi tão bom nossa história de paixão", mas o destino, por vezes, tem seu próprio curso, e tudo "desabou ao chão". Mas tu o dizes com uma verdade que me arrebata: "ainda existem pedaços de você em mim". E essa parte de ti que ainda espera, mesmo no impossível, essa é a beleza da nossa alma, que se recusa a morrer, a se render. Que tua paixão, mesmo ferida, continue a ser teu verso, Eduardo. Parabéns por essa coragem de amar, ainda que o amor se vista de dor.